Independente de cor partidária , temos que reconhecer que a Presidenta Dilma Rousseff faz um
grande esforço para que 100.000 estudantes brasileiros , patrocinados pelo governo federal ,
façam sua graduação e também a pós , na companhia dos mais iluminados cientistas do mundo .
Os jovens talentosos brasileiros, dos cursos de graduação ao pós-doutorado no exterior fazem
parte do programa Ciência sem Fronteira .
Criado para preparar cabeças capazes de produzir conhecimento e inovação científica , à altura
dos melhores centos de pesquisa do planeta , contribuindo assim , para reduzir o histórico atraso
do Brasil nos campos da ciência e tecnologia .
Realmente, o projeto do governo é ambicioso, inclusive pelo montante de dinheiro gasto que chega
a quase 3,4 bilhões de reais até o ano de 2015 .
Entretanto , os novos cientistas brasileiros ao retornar ao país estão encontrando algumas dificuldades em seus centros de origem , pois ao trazerem consigo novos conceitos , experiências e
avanços tecnológicos que aprenderam no exterior , lhes falta o principal , que é o apoio a criação
dos novos projetos a serem implementados aqui .
Como exemplo , citamos o caso da bióloga Mayana Zatz à frente do Centro de Estudos do
Genoma Humano da Universidade de São Paulo .
Desde 2010 , o seu grupo de cientistas tenta trazer da Índia para o Brasil moléculas de DNA que permitiriam aprofundar o conhecimento de uma rara doença degenerativa do sistema nervoso
ainda sem cura .
Mas a remessa , devido ao excesso burocrático da alfândega brasileira , já foi devolvida ao país
de origem da pesquisa ( a Índia ) duas vezes , e , novamente encontra entrave no órgão de
fiscalização alfandegária sem uma explicação lógica a respeito .
Também o Instituto de Química da USP , que utiliza reagentes importados nas pesquisas que
se relacionam sobre o câncer , informa que há grande defasagem no tempo de recebimento de
material vindo dos centros científicos do exterior .
Mesmo assim , o programa Ciência sem Fronteiras segue sua trajetória , enfrentando desafios , e
ampliando acordos com universidades no topo do ranking mundial como Harvard e Stanford .
Torcemos para que o projeto tão importante para a ciência brasileira , alcance até 2015 seus
objetivos , e possam nossos cientistas conviver com os melhores cérebros do mundo .
Investir nas cabeças privilegiadas da ciência brasileira , é importante tanto na ida ao exterior
como na volta ao nosso país . É preciso pavimentar o futuro científico nacional .
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Fraternal abraço .
Jerônimo Sales
Fontes : CNPQ - www.cnpq.br
Revista Veja - http://www.veja.com
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