de seu Conselho , que deveria na realidade , zelar pelo patrimônio histórico da cidade ,
resolveu bater o martelo final , pela demolição da Praça Portugal .
A praça em questão , existe há mais de 60 anos , e é uma referência importante em
homenagem a Portugal e à colônia portuguesa , que diga-se de passagem , tem vínculo
histórico com a fundação de Fortaleza , remontando ao século XVII , quando foi elevada
por Carta Régia a cidade , com o nome de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção .
Lamentável foi , a rejeição pela maioria de votos dos conselheiros da SECULT , pelo
não tombamento da Praça Portugal , como patrimônio histórico de nossa capital .
O prefeito Roberto Claudio , jamais será esquecido , pelo seu menosprezo aos prédios ,
praças , e áreas de preservação ambiental , pois atua como se dono fosse da cidade , e
não escuta os seguimentos mais representativos que aqui vivem , e , por consequência
são partes vivas e ativas , na manutenção do que existe de mais representativo , para
preservar-se tudo que represente um passado glorioso , para os habitantes da cidade .
Como se não bastasse a demolição da Praça Portugal , já decidida pelo Prefeito Roberto
Claudio , as demolições de casarões antigos com construção nas décadas de 20 e 30 , aos
poucos vão se concretizando , como foi o caso da demolição na madrugada deste sábado
dia 27 de junho , do prédio em estilo colonial - barroco , na Avenida Santos Dumont esquina
com a rua Barão de Aracati 1350 , onde funcionava a Procuradoria de Defesa da Saúde
Pública .
Em seu lugar , será construída uma torre de mais de vinte andares destinada a atividade
comercial , portanto , é mais um arranha céu a fechar o paredão de concreto da Aldeota .
O Professor Romeu Duarte do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC , informa que o casarão demolido ontem à noite , faz parte do inventário histórico do casario remanescente
do lado leste da antiga aldeota , e pertencia a família abastada datando sua construção entre
as décadas de 1930 e 1940 .
Lamenta o ilustre professor de urbanismo da UFC , que não exista um órgão público com
a especificidade para tombar construções que expressem o informe histórico cultural da
cidade .
Na verdade , não há uma relação de convivência e manutenção histórica de edificações
antigas com as construções novas .
Sublinhe-se que , os gestores públicos , não tem decidido favorável à manutenção dos
prédios antigos , e contrariamente ao desejo da população , optam a favor de construções
novas e mais modernas , praticamente dando mãos às construtoras para avançarem no que resta de simbologia histórica , que são os monumentos , praças , prédios antigos e áreas
de preservação ambiental que são os respiros da cidade , protegidos por Lei Federal .
Finalmente observamos que , em muitas capitais , cidades antigas e históricas do Brasil ,
as construções antigas são respeitadas pela população e pelos gestores , e estão a conviver
pacificamente com as construções novas , especialmente com as obras públicas , que vão
surgindo a cada administração que se inicia ou se sucede .
Jerônimo Sales
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Diário Nordeste - Edição 17 / 06 / 2015
Jornal O Povo - Edição 27 / 06 / 2015
Imagens da Internet .
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